José Marcelo Barreto de Oliveira
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Hipnose Clínica
Psicoterapia Breve
Constelação Familiar
Ciência do Sucesso
Coaching / PNL
Pequenas coisas feitas constantemente em pontos estratégicos fazem grande diferença nos resultados. No momento em que você muda seu referencial, você muda seu modo de ver as coisas. Mudando sua percepção, você muda sua realidade lá fora. Percebemos a realidade pelos sentidos, mas estes sentidos muitas vezes nos enganam. Pensamos que o que o que vemos é. Pensamos que o que é, sempre é. E pensamos que o que é, é tudo o que é.
Napoleon Hill, durante 25 anos, entrevistou 16 mil pessoas. Selecionou 500 que tinham dinheiro, boa vida familiar, saúde, disposição, paz de espírito etc. A diferença destes 500 e o resto eram: auto estima, habilidade de se comunicar, estabelecer metas, atitude positiva, dedicação ao trabalho e ambição sadia.
HÁ ALGO QUE VOCÊ SABE MAS NÃO SABE QUE SABE!
Todos nós temos capacidade de mudar e resolver problemas. Podemos transcender, ou seja, recomeçar, superar e ir além dos limites. Você sabe quais são seus limites? Certamente não suas limitações. E se você tivesse a chave para abrir as portas para uma nova realidade? Pois bem, esta chave está aí dentro da sua mente. A Psicoterapia Breve Ericksoniana, que utiliza a poderosa ferramenta da hipnose moderna, poderá fazer-lhe entrar em contato com sua sabedoria interior a fim de que ela lhe dê a chave para cruzar as portas dos seus sonhos, dos seus objetivos, do estilo de vida que você quer, dos padrões de pensamento mais otimistas, dos comportamentos mais acertados e da felicidade que você merece.
RIR NÃO É O MELHOR REMÉDIO!
"A amizade é o melhor remédio”, diz o médico norte-americano – e palhaço – Patch Adams, famoso por sua conduta excessivamente feliz e apaixonada pelos pacientes. "É a coisa mais importante na vida. É nossas relações com quem amamos. Humor é contexto".
Contudo, rir é considerado remédio uma vez que substâncias químicas liberadas com uma boa gargalhada agem como um analgésico natural, reduzindo a dor. Isso se dá por conta do esvaziamento dos pulmões, liberando endorfina, o hormônio responsável pelo prazer e bem-estar. Por isso, pessoas que riem enfrentam melhor seus traumas e dificuldades. A pessoa que vive mal-humorada, impaciente, irritada, rígida ou autoritária não sente prazer, trazendo consequências muito negativas para a vida dela, podendo até entrar em quadros depressivos. Não só isso, tal tensão propicia uma descarga muito maior de adrenalina e conseqüentemente uma pré-disposição maior para acidentes vasculares como os infartos, as anginas, derrames e tumores cancerígenos.
Mas é possível aprender a sorrir. Existem terapias que ensinam a rir. É uma questão de treino. É possível introduzir esse hábito de rir, procurando formas de sentir prazer, encontrando aquilo que for realmente trazer a felicidade para si.
Segundo o médico Eduardo Lambert, autor do livro Terapia do Riso, “O riso é um grande estimulador, suficiente para mandar uma ordem para o seu cérebro, a nível do hipotálamo, e sintetizar as endorfinas, mais precisamente as beta-endorfinas, que são substâncias analgésicas similares às morfinas, mas com potência analgésica cem vezes maior. Estas substâncias são produzidas nas situações de riso, gargalhadas, alegria ou em toda a situação que te dá um certo bom humor”. Pesquisas mostram que Hospitais nos Estados Unidos, que empregam a terapia do riso, observam que a melhora é mais rápida e o tempo de internação é menor.
Outras terapias que ativam as endorfinas, como a terapia homeopata, a terapia floral e a medicina ortomolecular, resultam em melhoras muito mais rápidas. Entretanto, a medicina ortomolecular e a terapia floral não são reconhecidas como especialidades pelo CFM - Conselho Federal de Medicina – por serem destituídas de comprovação científicas suficientes.
O riso não somente traz consequências benéficas ao nosso organismo. Ele também possui uma função social. A função da comunicação. É uma mensagem que nós enviamos às outras pessoas comunicando disposição para brincar, ligar-se a elas, ficarmos felizes e fazê-las felizes, mostrarmos que somos pacíficos.
Somos criaturas que necessitamos criar estruturas sociais e viver bem, então nós precisamos ter relações pacíficas com as pessoas ao nosso redor. O riso promove efeitos positivos em nossos contatos sociais. Preconceitos e hierarquias são deixados de lado num ambiente alegre. É através do bom humor que violências são evitadas, estresses são apaziguados e conflitos são mediados. Em um ambiente descontraído as pessoas se sentem mais confiantes em opinar, em expor suas ideias e inquietações. É o conceito da inteligência emocional, que descreve a capacidade de reconhecer os próprios sentimentos e os dos outros, assim como a capacidade de lidar com eles. Ela é a maior responsável pelo sucesso ou fracasso das pessoas.
Remete à boa qualidade do relacionamento entre os indivíduos: paciência, bondade, humildade, respeito, generosidade, perdão, honestidade, confiança. Em suma, é o comportamento de amar.
Todos sabem o quanto o amor é importante e, mesmo assim, o quanto demonstramos? O amor não é ensinado nas escolas. Todos apenas dizem "amai uns aos outros". Mas qual a estratégia em se fazer isso?
Os gregos usavam o substantivo ágape e o verbo correspondente agapaó para descrever um amor incondicional, baseado no comportamento com os outros, sem exigir nada em troca. É o amor da escolha deliberada. Quando Jesus fala de amor no Novo Testamento, usa a palavra ágape, um amor traduzido pelo comportamento e pela escolha, não o sentimento do amor.
Na velha versão do Novo Testamento, ágape foi traduzido como caridade. Caridade e serviço talvez definam melhor ágape do que a definição de amor que se encontra nos dicionários.
A Epístola aos Coríntios: capítulo treze, diz que o amor é paciente, bom, não se gaba nem é arrogante, não se comporta inconvenientemente, não quer tudo só para si, não condena por causa de um erro cometido, não se regozija com a maldade, mas com a verdade, suporta todas as coisas, agüenta tudo. O amor nunca falha.
Portanto, amor é paciência, bondade, humildade, respeito, generosidade, perdão, honestidade, confiança.
Observemos estes pontos um a um:
Paciência - mostrar autocontrole em face da adversidade.
Bondade - dar atenção, apreciação, incentivo.
Humildade - ser autêntico, sem pretensão, orgulho ou arrogância. É pensar menos a respeito de si mesmo.
Respeito - tratar as pessoas como se fossem importantes, porque elas são importantes.
Abnegação - satisfazer as necessidades dos outros, mas não as vontades. Dando à elas o que legitimamente exigem para seu bem-estar. É o oposto ao egoísmo.
Perdão— desistir de ressentimento quando enganado.
Honestidade - ser livre de engano e dedicado à verdade a todo custo.
Compromisso - ater-se às suas escolhas. Estar comprometido, não apenas envolvido.
Como pode-se notar, rir está ligado ao bom-humor, que está ligado tanto à boa saúde orgânica como social, numa cadeia de ação e reação contínua. E todo esse processo pode ser praticado pelo exercício da vontade. Como disse William James: “a ação parece seguir o sentimento, mas na realidade ação e sentimento caminham juntos, e, regulando a ação, que se encontra sob o controle mais direto da vontade, podemos utilizá-la para modular indiretamente o sentimento, que não se encontra”.
Pra finalizar, uma frase do Dr. Patch Adams: "Rir é um modo para uma comunidade humana saudável integrar-se para não haver violência, para um cuidar do outro. Onde quer que esteja, pode escolher ser um cidadão que traz alegria à sociedade".
DETOX EMOCIONAL
Existem 2 tipos de depressão:
Depressão reativa: quando não reagimos bem aos fatos corriqueiros da vida, como desemprego, desilusão amorosa, falecimento de alguém, entre outros. É possível sair dela sem uso de medicamentos.
Depressão endógena: esta é a perigosa e começa com pensamentos desanimadores e negativos. A pessoa começa a se isolar de todos, a perder o apetite, a vontade de se levantar, de cuidar da higiene pessoal e por fim de viver, através do suicídio ou de atitudes autodestrutivas inconscientes como vícios, acidentes e doenças graves. É necessário procurar ajuda psiquiátrica e psicoterapêutica.
Para evitar esse tipo de sentimento, primeiro é não ancorar os pensamentos no que já passou, se culpando e sentindo mágoas. Nem se preocupar demasiadamente com o futuro. É preciso viver o presente. Mesmo para se lembrar das duras lições do passado ou planejar o futuro, é preciso estar focado no aqui e agora, dedicando um tempo determinado a essas atividades.
Quando tais pensamentos negativos surgirem, pode-se redirecionar os pensamentos para pensamentos agradáveis, ouvir boas músicas, assistir filmes divertidos ou leituras empoderadoras.
Sermos acometidos por pensamentos que nos deixam pra baixo é normal, o que é preciso evitar é que esses pensamentos de tornem doentios e direcionem sua vida.
Evite companhias “baixo-astral” e programas televisivos que só mostras desgraça.
Exercite a gratidão e o perdão, aos outros e sobretudo a si mesmo. Escreva e fale em voz alta tudo pelo que é grato e tudo pelo que quer pedir perdão. E mais importante de tudo: sirva ao próximo, busque atividades prazerosas e que auxiliem os outros.
Dizem que quando morrermos e mudarmos de endereço cósmico: Deus fará duas perguntas: o que você aprendeu lá na Terra e o que sua passagem por lá melhorou na vida das pessoas?
TIMIDEZ NUNCA MAIS
A timidez pode ser composta de 4 sentimentos limitantes: orgulho, baixa autoestima, medo de crítica e de rejeição. Eles impedem de desfrutar bons momentos da vida, bem como na hora de arrumar emprego, se relacionar amorosamente e fazer novos amigos. Em outras palavras, socialmente incapaz.
Este sentimento de insegurança pode começar nos primeiros 2 anos de vida, quando a criança começa receber críticas e repreensões. As crianças passam a ter medo de desagradar e de errar, tornando-se um adulto com baixa autoestima.
A maioria das pessoas cresce construindo a identidade a partir do que não é capaz de realizar. Somo criados para sermos autocríticos em demasia. A maior parte das pessoas tem uma conversa negativa tão grande consigo mesma que pensam mais no que não querem do que o que querem.
Até os 7 anos de idade, absorvemos os estímulos externos como uma esponja e assim perpetuamos em nossa personalidade. Uma pesquisa realizada nos EUA revelou que crianças até 8 anos recebem cerca de 100 mil “nãos”. Em média, as crianças recebiam 9 repreensões para cada elogio. E são necessários pelo menos 7 elogios para cada repreensão a fim de anular seus efeitos negativos.
Existe uma equação sobre a influência do “não”: a quantidade de “nãos” a que as pessoas foram submetidas, somada como elas os assimilaram e ao tipo de sensibilidade, responde pela quantidade de autoestima que elas tem hoje.
Sentir medo é natural, mas o desafio é enfrentar o medo. As demais pessoas não são inimigos. Tenha compaixão de seus defeitos. Não tente agradar a todos. Saiba dar e receber elogios. Ao mesmo tempo não supervalorize os outros em detrimento de si mesmo. Não se ofenda com tudo. Não seja arrogante, mas também não seja pessimista. É importante fazer afirmações positivas.
O cérebro está programado para atender às nossas vontades, mas se pensarmos somente no que não queremos, dificilmente alcançaremos o sucesso.
PSICOSE X PSICOPATIA
Psicose é um estado anormal de funcionamento psíquico. O aspecto principal é a perda de contato com a realidade, com intensidade variada. Quando não estão em crise, cuidam de seu bem-estar e se relacionam normalmente. A psicose começa quando a pessoa se relaciona com coisas que não existem.
Já a psicopatia (Personalidade Psicopática ou Sociopatia) não é uma doença pois não demonstram sintomas para tal. Há um consenso entre profissionais da saúde mental que a psicopatia não tem tratamento.
É possível perceber ao observar que ela pode se manifestar na infância: desrespeito às normas e obrigações sociais; se relaciona facilmente, sabe envolver e falar o que o outro quer ouvir; tem baixa tolerância à frustração e explode com facilidade principalmente quando descoberto em seus delitos; incapaz de assumir culpa ou de aprender com as punições; tendência a culpas os outros ou defender-se com raciocínios lógicos; egocêntrico; emoções superficiais e teatrais; falta de empatia; gosta de maltratar animais; pessoa cínica e incapaz de amar; rouba, abusa, trapaceia, manipula e arrisca a vida dos outros. Muitos ocupam cargos de poder, na política, nas forças armadas, na religião, nas corporações. Uma pequena parcela se torna criminosos violentos, estupradores e assassinos seriais.
Existe uma alteração no sistema límbico (responsável pelas emoções) do psicopata, que nascem com o cérebro diferente. Através de uma ressonância magnética funcional, realizada no ano 2000 pelo neurologista Ricardo Oliveira e o neurorradiologista Jorge Moll, foi mostrado como o cérebro funciona de acordo com diferentes atividades. Neste exame, foram apresentadas imagens boas e imagens chocantes. Nas pessoas normais, o sistema límbico reagia de forma diversa, enquanto que nos psicopatas se mostrava inalterado.
Os sociopatas são tão teatrais e convincentes que poucas pessoas, após um contato prolongado, conseguem ver seu lado maligno. Vítimas fatais deles só percebem isso em seu momento final antes de morrer.
Tem orgulho em se considerar um predador social. A melhor maneira de se proteger destas pessoas é saber dizer “não” sem culpa. Neste momento eles se colocam como vítimas.
E se o psicopata for consciente de sua situação, busque ajuda de psiquiatras e psicoterapeutas.
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR & BORDERLINE
Antigamente chamado de psicose maníaco-depressiva. Caracteriza-se pela alternância de estados depressivos e maníacos. Pode-se demorar anos para fechar um diagnóstico, como uma pessoa que é diagnosticada como depressiva e anos depois apresenta episódios de euforia, e aí sim é que se pode diagnosticar como sendo na verdade um bipolar.
Além dos quadros depressivos e maníacos, também podem haver quadros mistos (sintomas depressivos e maníacos ao mesmo tempo).
Há dois tipos: tipo I – episódios de euforia alternados com depressivos, sem precisarem ser seguidas uma da outra. Muitos manifestam mais um tipo de crise que o outro. Tipo II – não tem fase de mania, mas de hipomania (menos intenso que mania) mais a depressão.
Fase maníaca: estado de humor elevado, com alegria contagiante ou irritação excessiva, elevação de autoestima, sensação de grandiosidade, com poderes e capacidades especiais. Maior vigor físico, hiperatividade e menos sono. Verborragia, fala muito, geralmente fala alto, e não conclui as ideias. Cantam com maior frequência. Se distrai fácil. Maior interesse sexual e até promiscuidade. Socialmente inconveniente ou insuportável. Envolve-se em atividades de alto risco. Pode manifestar sintomas típicos de esquizofrenia. Nada abala seu estado de humor, nem más notícias. As explosões de raiva ocorrem mesmo alegre por motivos externos, mas também se desfaz com rapidez.
Fase depressiva: autoestima baixa, sentimento de inferioridade, cansaço constante, ideias não fluem, dificuldade de se concentrar, memória prejudicada, difícil de manter atenção, perda de prazer em fazer coisas que antes apreciava. Insônia e indisposição.
Pode ser normal ou com sintomas leves entre uma fase e outra. Alguns não se recuperam e não conseguem levar uma vida normal. Há pessoas que só apresentam mania e mesmo assim são bipolares.
A causa pode ser hereditária, trauma, incidentes fortes, decepções, etc.
Para tratar, é preciso procurar um psiquiatra para ser medicado e ter acompanhamento psicoterapêutico.
Já os transtornos de personalidade afetam como os indivíduo enxergam o mundo, como eles expressam as emoções e seus comportamentos. Caracterizam-se por um estilo de vida inadaptado, sem flexibilidade, prejudicando a si mesmo e aos que os cercam. São eles: 1) antissocial (sem remorsos), 2) paranoide (desconfiado), 3) esquizoide (dificuldade em se relacionar e expressar emoções), 4) ansiosa (inibido e com baixa autoestima), 5) histriônica (dramático e afetivamente carente), 6) obsessiva (exigente consigo e com outros), 7) borderline.
Borderline é marcado pela irritabilidade, com variações de humor de um momento para outro sem justificativa aparente. Reconhecem possuidoras deste transtorno, mas tentam se justificar com argumentos sem sentido. Seu comportamento é muitas vezes autodestrutivo, auto-mutilante e podem cometer suicídio. Tendem a não ter clareza de sua própria identidade, como projetos de vida, carreira, valores duradouros e inclusive a própria sexualidade. Muitas vezes rejeita a si mesmo devido à sua instabilidade e à insatisfação pessoal. Rapidamente alterna entre amar e odiar, faz grande amizade por uma pessoa e logo a seguir a despreza. Seus comportamentos impulsivos abrangem as finanças, à sexualidade, à ingestão de substâncias psicoativas e dirigir irresponsavelmente. Varia entre sentimentos de irritação, angústia e depressão.
Quem possui este transtorno leva uma vida atormentada, mas é possível contorna-lo com psicoterapia, medicação prescrita por psiquiatra e outros tratamentos holísticos e atividades que promovam bem-estar, além de buscar servir ao próximo.
PÂNICO
Manifesta-se na forma de crises súbitas, podendo incluir os seguintes sintomas:
Dispnéia ou sensação de asfixia; vertigem, sentimentos de instabilidade ou sensação de desmaio; palpitações ou taquicardia; tremor ou abalos; sudorese; sensação de sufocamento; náuseas ou desconforto abdominal; despersonalização ou distorções de percepção da realidade; anestesia ou formigamento; ondas de calor ou calafrios; dor ou desconforto no peito; sensação de morte iminente; medo intenso de enlouquecer ou cometer ato descontrolado.
O cérebro produz substâncias chamadas neurotransmissores, que são responsáveis pela comunicação que ocorre entre os neurônios. Estas comunicações formam mensagens que irão determinar a execução de todas as atividades físicas e mentais de nosso organismo. Um desequilíbrio na produção destes neurotransmissores pode levar algumas partes do cérebro a transmitir informações e comandos incorretos. Isto é o que ocorre em uma crise de pânico: existe uma informação incorreta alertando o organismo para uma ameaça que não existe. Nos transtornos do pânico os neurotransmissores que se encontram em desequilíbrio são a serotonina e a noradrenalina.
O transtorno do pânico é considerado um problema sério de saúde, que acomete 1,5% a 3% da população mundial. Estudos revelam que mulheres apresentam duas a quatro vezes mais chances de ocorrências que os homens. Há também uma propensão genética ao transtorno, havendo maior incidência do transtorno entre pessoas cujas famílias possuem descrições de casos semelhantes.
As pessoas portadoras deste mal costumam ir a muitos médico em busca de saber o que se passa com ela e após uma quantidade exagerada de exames complementares recebem, muitas vezes, o diagnóstico do "NADA", o que aumenta sua insegurança e seu desespero.
Por vezes, esta situação dramática é reduzida a termos evasivos como: estafa, nervosismo, estresse, fraqueza emocional ou "problema de cabeça". Isto pode criar uma incorreta impressão de que não há um problema de fato para tal patologia.
A maioria dos portadores do transtorno são pessoas entre 15 e 30 anos de idade, o que não exclui a ocorrência em qualquer faixa etária.
O perfil da personalidade das pessoas que sofrem do transtorno do pânico costuma apresentar aspectos em comum: geralmente são pessoas extremamente produtivas em nível profissional, costumam assumir uma carga excessiva de responsabilidade e afazeres, são bastante exigentes consigo mesmos, não convivem bem com erros ou imprevistos, têm tendência a se preocuparem excessivamente com problemas cotidianos etc. Esta forma de ser acaba por predispor estas pessoas a situações de estresse acentuado, fato este que pode levar ao aumento intenso da atividade de determinadas regiões do cérebro, desencadeando assim um desequilíbrio bioquímico e, consequentemente, o aparecimento do transtorno do pânico.
Vale ressaltar, ainda, que alguns medicamentos como anfetaminas (usados em dietas de emagrecimento) ou drogas (cocaína, maconha, crack, ecstasy etc.) podem aumentar a atividade e o medo, promovendo alterações químicas que podem levar ao transtorno do pânico.
Existe tratamentos para o transtorno do pânico. O mais importante é que se introduza um tratamento que vise restabelecer o equilíbrio bioquímico cerebral numa primeira etapa. Isto pode ser feito através de medicamentos que não produzam riscos de dependência física dos pacientes.
Numa segunda etapa temos que preparar o paciente para que ele possa enfrentar seus limites e as adversidades de maneira menos estressante. Uma abordagem psicoterápica específica deverá ser realizada com esse objetivo.
O sucesso do tratamento está ligado ao engajamento do paciente com o mesmo. A pessoa que sofre de transtorno do pânico deve entender todas as peculiaridades que envolvem este mal e queira fazer uma boa "aliança terapêutica" com seu médico, no sentido de juntos superarem todas as adversidades que poderão surgir na busca do equilíbrio pessoal.
Um ataque de pânico é um período de imenso medo, que atinge o ápice em dez minutos, e costuma se estender por um total de 40-50 minutos. Ele se constitui em uma das situações mais angustiantes que uma pessoa pode vivenciar.
Durante a crise o paciente não corre o risco de sofrer de um ataque cardíaco ou morrer, embora o paciente acredite que morrerá durante a crise. Os prejuízos causados pelo transtorno do pânico trazem problemas nos seus relacionamentos, principalmente os de caráter afetivo e profissional. Cônjuges, amigos e parentes não reconhecem mais a pessoa que antes se mostrava jovial, produtiva, destemida, ao se depararem com alguém dominado pelo medo.
A falta de diagnóstico precoce e tratamento adequado podem fazer com que o medo e a ansiedade causados pelas crises cresça tanto que seus portadores se tornem incapacitados para dirigir, frequentar determinados locais do cotidiano ou mesmo sair de casa. Esta situação de ostracismo forçado pode levar o paciente ao desespero e a pensar em suicídio como opção de acabar com todo esse sofrimento.
DEPRESSÃO
É uma doença onde a pessoa fica angustiada, desanimada, sem energia, tristeza profunda, tédio e indiferença. Quando os sentimentos são muitos e confusos, o indivíduo pode ter a impressão de que não tem sentimentos. As atividades diárias normais perdem a importância e a até as tarefas mais simples demandam um grande esforço. A pessoa perde o interesse por tudo, inclusive seus hobbies, amigos e o sexo. Há mudança do apetite, que pode aumentar ou diminuir, alterações do sono (normalmente insônia). O deprimido tende a preferir ficar isolado, num lugar onde possa ficar só. Pode levar o doente ao suicídio, a somatização de doenças graves e até acidentes sérios.
A doença se manifesta quando há uma alteração na comunicação entre os neurônios, causando um desequilíbrio químico-fisiológico. Essa comunicação é realizada pelos neurotransmissores. No caso da depressão, a serotonina e a noradrenalina estão envolvidas em todos os processos responsáveis pelos sintomas da doença.
Nem sempre é possível descobrir quais acontecimentos levaram ao seu desenvolvimento. Na maioria das vezes apresenta múltiplas causas. Acredita-se que haja uma base genética, já que pessoas com história familiar de depressão apresentam maiores chances de desenvolver a doença. Além disso, podem haver os seguintes fatores que podem desencadear a doença em pessoas predispostas ou então levar por si só à depressão:
• Acontecimentos na vida que levam a grande entristecimento;
• Modo de encarar a vida de forma pessimista;
• Estresse e ódio;
• Desemprego e solidão.
Alguns indivíduos apresentam maior risco de desenvolver depressão, por exemplo:
• Pessoas que já tiveram depressão (reincidência);
• Pessoas que têm familiares com depressão (fator genético);
• Pessoas que convivem frequentemente com eventos adversos;
• Pessoas com problemas de relacionamento, ódio, culpas, etc;
• Aqueles que sofrem de isolamento social, como: idosos, desempregados, marginalizados, minorias étnicas, mães solteiras;
• Doentes ou incapacitados;
• Mulheres nos 18 meses seguintes ao parto;
• Pessoas que abusam de drogas, medicamentos, álcool.
Os critérios para o diagnóstico da depressão baseiam-se principalmente na intensidade e duração dos sintomas. Em geral, os pacientes apresentam:
• Sentimentos de inutilidade, desamparo ou falta de esperança;
• Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade, medos;
• Dormir mais ou menos que o normal;
• Comer mais ou menos que o normal, se alimenta mal;
• Dificuldade em concentrar-se ou em tomar decisões, falta de assertividade;
• Perda de interesse em participar de atividades;
• Redução da libido (desejo sexual);
• Recusa em estar com outras pessoas;
• Sentimentos exagerados de culpa, tristeza ou ódio (aparente ou não);
• Perda de energia ou sentimento de cansaço;
• Pensamentos de morte e suicídio.
A depressão pode manifestar-se por sintomas físicos ou somatizados, como dores de estômago, dores de cabeça, dores pelo corpo e nas costas, pressão no peito, subnutrição, entre outros.
Mas a depressão tem cura. Ao perceber os sintomas, a pessoa deve procurar atendimento médico psiquiátrico ou psicoterapêutico, pois quanto antes for iniciado o tratamento mais rápido o doente voltará à sua vida normal. É fundamental o apoio e a participação de familiares e amigos no sucesso do tratamento.
De modo geral, o tratamento requer uso de antidepressivos, que constituem um grupo de medicamentos químicos que têm o objetivo de restabelecer o equilíbrio da comunicação dos neurônios. Os antidepressivos alopáticos normalmente não causam sonolência, nem dependência e não precisam ser tomados para o resto da vida. Uma característica importante é que o início dos efeitos não é imediato, necessitando de um período de aproximadamente 3 a 4 semanas para começar a mostrar resultados. Da mesma forma, deve-se ter em mente que o tratamento da depressão é demorado, levando em média de 4 a 6 meses, podendo estender-se até um ano ou mais. Isso tudo vai depender da gravidade da doença e da resposta do paciente ao tratamento.
Se você conhece algum amigo depressivo, em primeiro lugar deve-se compreender que a pessoa não tem culpa de estar deprimida, e que ela não pode simplesmente sair dela. Tentar animar a pessoa deprimida, mostrando as coisas boas da vida, na maioria das vezes só piora as coisas. Você se sentirá frustrado e a pessoa deprimida se sentirá mais culpada ainda. Algumas atitudes, entretanto, podem ser extremamente úteis:
• Escutar a pessoa deprimida: encorajar a pessoa a falar sobre seus sentimentos, oferecer apoio; não tente resolver os problemas dela, apenas escute;
• Não critique, pois as pessoas deprimidas são muito sensíveis e isso pode fazê-las desmoronar;
• Não tome a depressão do outro como sua culpa;
• Não pressione;
• Não assuma as responsabilidades dela;
• Não perca a paciência, a pessoa deprimida pode estar irritável;
• Ofereça simpatia e compreensão e sugira a pessoa procurar ajuda de médico psiquiatra ou terapeuta competente.